lundi 9 juillet 2007


10. O começo do fim do começo do fim

Falamos acima do caráter desintegrativo de nossa época. Isso lido a partir de uma análise comum, banal, poderia soar apenas como uma construção, como uma imagem, uma metáfora; porém quando mentes como a do físico Stephen Hawking, afirma que teme pela extinção dos homens - a questão muda de figura. Quando ele afirma que teme que a espécie humana não sobreviva a outro milênio a nossa musculatura facial talvez se altere.

Ele diz preocupar-se muito com a possibilidade da atmosfera continuar a se aquecer até que o planeta terra assemelhe-se ao planeta Vênus - uma espécie de ácido sulfúrico em ebulição. Isso foi dito antes de uma palestra na Royal Society, em Edimburgo.

Ele afirmou estar muito preocupado com o efeito estufa e chegou ao ponto de propor que "para assegurar a sobrevivência humana deveriam ser feitos esforços para colonizar outros planetas". Isso vindo da mente de Hawking é um dado muito sério. Pois se um cientista do calibre dele vem a público afirmar que as viagens espaciais não solucionaram todos os problemas mas que poderiam impedir a extinção da espécie humana é porque a situação está realmente muito grave.

Pois ele chega a ser enfático ao afirmar que a menos que a espécie humana se lance pelo espaço ela não conseguirá chegar ao próximo milênio. Curiosamente, Stephen Hawking, que sofre de esclerose lateral amiotrófica desde os trinta anos e que permanece o tempo todo em uma cadeira de rodas especial, ocupa a cátedra de Isaac Newton, um dos autores intelectuais desse crime que Hawking denuncia. Enquanto isso, no outro lado do planeta, o presidente da nação mais poderosa, militar e economicamente, afirma que se precisar que o planeta seja ainda mais poluído para que a economia de seu país não seja afetada, isso acontecerá. Kali Yuga.